Os últimos tempos comprovaram que a imprevisibilidade é um fator diário com o qual as empresas devem contar nas suas estratégias e planeamentos. O ano de 2022 será desafiante e, por isso, ainda mais necessário é pensar num plano estratégico que compreenda considerações de poupanças na sua empresa. A pensar nisso preparamos uma lista do que podem ser algumas das prioridades das empresas para gerar uma boa poupança em 2022. Reveja e adeque as suas para garantir um 2022 mais tranquilo.
Para começar, no plano de 2022 não se esqueça de manter um fundo de reserva mais robusto para fazer face a imprevistos que exijam investimentos extra. Ter um fundo que permita não só fazer face aos custos operacionais diários, mas que garanta a liquidez para pagamento de salários, por exemplo, por algum período de tempo, pode ser a condicionante de sobrevivência durante tempos difíceis e incertos.
Para aumentar esse fundo de reserva, poderá aproveitar o final do ano para poupar em juros com empréstimos caros. Muitas empresas contraíram empréstimos como uma solução para ter a liquidez necessária para pagamento de compromissos financeiros e assim sobreviverem. Mas os empréstimos podem ser uma bola de neve e esgotar a possibilidade de reservas. Por isso, chegado o final de ano poderá sim renegociar, e refinanciar-se com empréstimos mais baratos que lhe garantam poder juntar para uma bolsa de ar em momentos inesperados.
Durante este período de mudança na forma de trabalhar, o ajuste ao teletrabalho, a redução e flexibilidade de equipas, que foi necessária para uma resposta de sobrevivência demonstrou que as empresas conseguem fazer o mesmo, ou mais, com menos. Sem que isso se venha a revelar um desgaste para a sua equipa, resultando em falta de motivação e menos produtividade, permita à sua empresa crescer com maior ajuste à sua realidade e ao seu dia-a-dia, sem sobre dimensionar o negócio nem os investimentos. Um planeamento mais focado na realidade poderá por isso ser uma das prioridades essenciais para 2022.
A pandemia obrigou a um planeamento não a médio e longo prazo, mas mensal ou no máximo a 3 meses. Embora seja importante manter, durante a imprevisibilidade dos tempos, esta premissa, não deixe de marcar objetivos macro para a sua empresa e equipa, de crescimento sustentável, que possa ser, contudo, ajustado à medida que a situação evolui. E ajuste as estratégias e expetativas para vários cenários possíveis, incluindo os de crise profunda financeira, mas também sanitária e de saúde pública. Os planos de emergência devem ser mantidos, atualizados com os conhecimentos e aprendizagens de ano e meio de pandemia. E dentro desses planos de emergência, seja criativo a preparar com a sua equipa as estratégias que permitam não só a sobrevivência, mas o crescimento sustentado.
Hoje, acresce outra emergência que a todos importa: a do ambiente. Os compromissos ambientais com o acordo de Paris que importa cumprir, abrem-nos os olhos e, as empresas, também neste ponto, têm não só uma responsabilidade, mas uma oportunidade de poupança – do ambiente e dos seus custos. As apostas em escritórios mais sustentáveis, com recurso a energias verdes, produzem poupanças expectáveis a curto-médio prazo. E, por isso, aproveite os apoios do Estado, e incentivos fiscais em vigor, para rever os seus espaços e promover ambientes sustentáveis que trarão benefícios a todos e a vários níveis.
Os últimos tempos ensinaram-nos a viver com realidades que não imaginaríamos. Devemos aproveitar esse conhecimento, essa flexibilidade que ganhamos, para reinventar-nos todos os dias, para ajustar-nos mais à realidade das empresas e do mundo que nos rodeia de forma a sermos mais sustentáveis e mais poupados.