A era da digitalização, a indústria 4.0, a rutura tecnológica, este é o mundo em que vivemos: robôs, autómatos, inteligência artificial, análise de dados… Mas estamos preparados nos departamentos de RH para gerir todas estas mudanças? Provavelmente não… mas não vai importar, vamos ter de o fazer. E o gestor de RH, é o protagonista deste filme. Ainda não escolheu o papel, nem sequer leu o guião, mas a cortina já subiu, diga olá!
A disrupção digital já está a mudar a face das nossas empresas, os processos de produção têm pouco a ver com o que eram há alguns anos, a automação invade-nos e mesmo alguns processos cognitivos avançados podem ser substituídos por inteligência artificial. Cerca de 40% dos nossos empregos atuais vão ser automatizados dentro de 10 a 15 anos. A tecnologia está a avançar a um ritmo desconhecido, talvez ainda não no seu sector, por agora, mas lá chegará. Esta é a Era da reorganização acelerada, amanhã uma pequena empresa que ainda nem sequer nasceu vai ultrapassá-lo.
Vai ter de se preocupar? Se a burocracia administrativa é a sua coisa, claramente; se a verdadeira gestão de recursos humanos é o seu campo, está com sorte. Alguns estudos afirmam que os departamentos de RH irão crescer pelo menos 1,5 pontos percentuais acima do resto da força de trabalho nos próximos anos. Os profissionais de RH vão desempenhar um papel cada vez mais importante; sobre a mesa está a necessidade de requalificar os colaboradores das nossas empresas para que possam desenvolver novas funções e recrutar pessoas que tenham potencial para aprender continuamente. Os gestores de RH serão necessários para ajudar as empresas a surfar esta onda de perturbação que está a elevar-se sobre nós, capacitando os funcionários e facilitando uma transição bem-sucedida.
Há também uma preocupação crescente com a ética. Espera-se cada vez mais que as empresas implementem e informem sobre a sua abordagem ética, que atuem de forma responsável nos seus negócios, externamente ao mercado, mas também interiormente aos seus empregados e nas suas práticas organizacionais. Os profissionais de RH devem desempenhar um papel de liderança como centro ético das organizações, desenvolvendo e implementando as políticas organizacionais internas e externas necessárias.
Em suma, uma grande responsabilidade e uma grande oportunidade.